Anticoncepcional para adolescentes: qual usar? 

Efeitos e vantagens do anticoncepcional para adolescentes e quais as vantagens e desvantagens de cada um.

O período entre a infância e a idade adulta é sempre uma fase que marca algumas mudanças, corporais e comportamentais. Por consequência, começam a surgir discussões sobre a indicação de anticoncepcionais para adolescentes: quais são as opções e como saber qual é o melhor método para cada idade? Então, para contar tudo o que a família e as adolescentes precisam saber, o EntreElas reuniu algumas dúvidas para levar informação para sua escolha.

Vamos lá? 

Dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Governo Federal, apontam que, apesar de estar em queda, o número de mães entre 10 e 19 anos, no Brasil, ainda é alto: em 2020, foram 380,7 mil gestações nessa faixa etária. O número é ainda mais preocupante se levarmos em consideração como uma gravidez não planejada, principalmente nessa idade, pode prejudicar a saúde e o desenvolvimento da mãe e do bebê.  

E a partir disso que podemos dar o primeiro alerta: jovens que começam a ter relações sexuais devem combinar o uso de preservativos com outro método anticoncepcional. O direito à contracepção é garantido às adolescentes pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mesmo que não seja uma vontade compartilhada com a família. 

Agora que já esclarecemos que as jovens podem, e devem, procurar orientação médica para uso de anticoncepcionais, se for do desejo delas, vamos às dúvidas:

A pílula é o melhor método anticoncepcional para adolescentes? 

O melhor método é aquele que mais se encaixa no perfil da adolescente. A pílula é um anticoncepcional hormonal que acaba sendo muito usado porque é um método já bastante difundido. Inclusive, já existem no Brasil pílulas testadas e aprovadas para menores de 18 anos com indicação específica para este público. 

Muita gente se preocupa se o uso prolongado da pílula anticoncepcional pode interferir na fertilidade, quando chegar o momento de uma gravidez desejada chegar. Contudo, os estudos apontam que ela está garantida mesmo depois de anos de uso. Sendo assim, defendemos a pílula como um bom método anticoncepcional para essa faixa etária.  

Além dessas informações, lembramos que todos os dias é preciso ingerir a pílula e, preferencialmente, no mesmo horário. Sem isso, pode prejudicar a eficácia. 

É verdade que adolescentes que usam pílula anticoncepcional tem mais espinhas? 

A acne é um sintoma comum da adolescência, porém, não está diretamente relacionada ao uso ou não da pílula. O que observamos é que anticoncepcionais com estrogênio podem piorar o quadro de acne. Ou seja, pílulas que contém apenas a progestina ou progestagênio, possuem uma tendência de ser uma melhor opção, além do mais é importante saber qual é o progestagênio dessa pílula, pois dependendo ele pode dar mais ou menos espinhas. 

Adolescentes com SOP podem usar pílulas como método contraceptivo? 

Sim. Pílulas, aliadas a mudanças no estilo de vida, podem aliviar os sintomas da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e regular a menstruação, mesmo em adolescentes que ainda não tiveram a primeira relação sexual. 

E damos um último recado: nenhum dos métodos que citamos acima previne a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, em caso de relação sexual, é imprescindível o uso combinado entre preservativo e outro método contraceptivo. 

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