Como identificar o melhor momento de iniciar uma reposição hormonal e os benefícios desse tratamento, assim como os riscos para a saúde. Quanto o assunto é a terapia de reposição hormonal (TRH), essas são as principais dúvidas que ouço na clínica médica.
Se você está pensando em iniciar esse tipo de tratamento, antes de decidir é fundamental conversar com seu médico e colocar na balança os riscos e os benefícios para a saúde, que são individuais.
Então, vamos ver juntos para quem a TRH é indicada, como é feita e até mesmo os possíveis riscos à saúde? Continue lendo para entender.
Quais são os benefícios da terapia de reposição hormonal para as mulheres na menopausa?
A terapia de reposição hormonal é um tratamento muito eficaz para melhorar a qualidade de vida da mulher e aliviar os sintomas do climatério, período de transição da fase fértil até um ano após a última menstruação (menopausa), como ondas de calor e sudorese (conhecidos como fogachos), ansiedade, irritabilidade, desânimo, alterações de sono, fadiga e perda de libido. A TRH ajuda a prevenir e tratar a atrofia urogenital, caracterizada pela secura vaginal, e na prevenção da osteoporose na pós-menopausa.
Os sintomas podem surgir devido à baixa ou nula produção de estrogênio pelos ovários, o que geralmente acontece após os 40 anos de idade, e se estender até o período pós-menopausa.
Como saber se é o momento de iniciar a terapia de reposição hormonal?
Há uma série de fatores que devem ser considerados para o início da terapia de reposição hormonal. A idade é um dos principais critérios, pois quanto mais precoce, mais benefícios a pessoa terá no tratamento, especialmente se já estiver na menopausa.
A terapia é muito indicada a pessoas com risco de fraturas, osteoporose e osteoartrite. Da mesma forma, a quem sofre com problemas no metabolismo dos lipídios, colesterol e risco de doenças cardiovasculares.
Quando falamos em reposição hormonal, nos referimos apenas a estrogênio e progesterona?
Não, podemos realizar a reposição hormonal também com fitoesterois como a cimicifuga racemosa, e a tibolona, um esteróide sintético derivado do noretinodrel que apresenta características farmacocinéticas singulares, que incluem atividade estrogênica, progestagênica e androgênica.
Quais são as opções de terapia de reposição hormonal disponíveis atualmente?
Há algumas opções de tratamento disponíveis, entre elas comprimidos orais, géis para o corpo, adesivos ou implantes. Os compostos podem ter apenas um hormônio, no caso o estrogênio, ou, para pacientes com útero e que precisam de proteção do endométrio, há medicações combinadas com estrogênio e progesterona. Há, ainda, a tibolona que já citei e os fitoesterois, porém esses últimos com benefício muito menor.
Quais são os riscos, efeitos colaterais e contraindicações da terapia de reposição hormonal?
As principais contraindicações são para pessoas com alterações hepáticas (cirrose e hepatite), histórico pessoal e familiar para câncer de mama ou endométrio, trombose venosa e histórico pessoal de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). É fundamental considerar o contexto de saúde do paciente e avaliar caso a caso, pois muitos estudos já apontam que o aumento do risco com a terapia é pequeno.
Quais cuidados adicionais a mulher em terapia de reposição hormonal deve tomar durante o processo?
Pacientes que se encontram nesse processo precisam ter o acompanhamento médico, com consultas de rotina e realização de exames periódicos como mamografia, citologia, ecografia do útero para avaliação do endométrio, e densitometria óssea, de acordo com a faixa etária. Também é importante avaliar outros fatores de riscos, como o perfil lipídico da paciente.
Há alternativas à terapia de reposição hormonal que podem ajudar a aliviar os sintomas da menopausa?
Sim, existem terapias alternativas que podem ajudar a aliviar os sintomas, mas estudos apontam que a reposição hormonal convencional é mais efetiva.
Em média, quanto tempo dura o tratamento de reposição hormonal?
O ideal é que seja iniciada logo nos primeiros anos após os sintomas da menopausa, porém ainda não há uma definição de qual deve ser sua duração. O ideal é que seja feita durante alguns anos e, como há um acompanhamento anual da paciente, a suspensão do tratamento ocorra quando os riscos da terapia superem os benefícios, sem se ter uma data determinada.
Quanto custa a reposição hormonal?
A partir de R$ 120 por mês. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é possível fazer terapia, mas nem todos os medicamentos estão disponíveis gratuitamente.
Lembre-se: a decisão de iniciar este tipo de terapia deve ser individual e em conjunto com um profissional médico que te acompanhe. Se você já estiver com esses sintomas, agende uma consulta para avaliar se é hora de fazer o tratamento. Compartilhe essa informação com quem você conhece! Até a próxima!