O que saber sobre o método da tabelinha

Entenda os prós e os contras do método contraceptivo tabelinha, e saiba se ele é eficaz ou não para evitar a gravidez

O método da tabelinha, Ogino-Knaus, calendário ou ritmo. São muitos os nomes para esse método contraceptivo não hormonal, muito usado por mulheres na prevenção da gravidez. A tabelinha é uma das formas mais naturais de contracepção, pois se baseia no calendário para saber quando você pode ou não ter relações sexuais desprotegidas, sem correr o risco de engravidar.

Mas será que a tabelinha é realmente eficaz? Vem com a gente entender os prós e os contras desse método anticoncepcional. Além disso, um spoiler se esse for o método escolhido por você: é imprescindível ter muito autoconhecimento  – e ser boa de matemática!

Como funciona o método tabelinha

O objetivo da tabelinha é ajudar a mulher a calcular o seu período fértil, com base no padrão dos seus ciclos menstruais. Com isso, ao identificar os dias férteis, você pode evitar o sexo para não engravidar. Ou, se caso esteja tentando engravidar, seguir exatamente o caminho contrário. Com isso, vamos entender o passo a passo:

1 – Anote do primeiro dia da menstruação (primeiro dia do ciclo) até o dia que antecede a próxima menstruação (último dia do ciclo). Esse acompanhamento deve ser feito por pelo menos seis meses para que se verifique um padrão.

2 – Verifique, durante esse período, qual foi o ciclo mais curto e o mais longo.

3 – Calcule a diferença. A diferença de dias entre o ciclo maior e o menor deve ser menor que 10. Supondo que for de 10 ou mais, desista da tabelinha, e tenha em mente que esse método não é o mais adequado para você, porque a sua eficácia será reduzida.

Como calcular o período fértil

Primeiro é preciso ser boa de conta. Preparada? Ao anotar no caderninho a duração dos seus ciclos, será preciso fazer o seguinte cálculo para entender o seu período fértil:

Subtraia 18 do ciclo mais curto. O resultado será o dia do início do período fértil.

Subtraia 11 do ciclo mais longo. O resultado será o dia do fim do período fértil.

Exemplo: Se o seu ciclo mais longo foi de 34 dias e o mais curto de 25 dias, teremos o seguinte cálculo:

Início do período fértil: 25 – 18 = 7º dia

Fim do período fértil: 34 – 11 = 23º dia

Neste exemplo, o período fértil foi do 7º ao 23º dia do ciclo menstrual (ambos os dias, inclusive), com uma duração de 17 dias.

Isso significa que, se o objetivo for não engravidar, seria mais indicado não manter relações sexuais durante esses 17 dias.

Recomenda-se que as anotações sejam refeitas a cada seis meses, sendo assim, sob hipótese nenhuma, considere utilizar a tabelinha de outra pessoa, afinal, cada uma tem um ciclo.

(fonte Ministério da Saúde)

Pontos positivos

Entre os pontos positivos da tabelinha, estão:

– O autoconhecimento corporal

– Método 100% natural, sem efeitos colaterais

– Método gratuito e permitido por várias religiões

Pontos negativos

– Baixa eficácia quando comparada a outros métodos contraceptivos

– Não indicada para mulheres com ciclo menstrual irregular 

Não protege contra ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)

Dá para confiar neste método?

Por se basear 100% no padrão do ciclo menstrual da mulher, não é um método muito eficaz. Já dissemos algumas vezes aqui que nosso corpo não é um reloginho e muitos fatores podem influenciar na regularidade ou não no ciclo menstrual e na sua ovulação, e o estresse é um exemplo disto.

Em estudo, a Organização Mundial da Saúde (OMS), apontou que 9 em cada 100 mulheres engravidaram no primeiro ano do método calendário. Será que vale a pena arriscar?

Porém, se o fato de ser um método não hormonal é o que lhe interessa, considere avaliar as outras opções de métodos contraceptivos não hormonais  ou até mesmo o uso combinado com um método de barreira, por exemplo a camisinha, para aumentar a sua proteção, inclusive contra as ISTs.

E aí, o que achou do conteúdo? Já utilizou o método da tabelinha? Conta pra gente nos comentários sua experiência!

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