Dia do Orgasmo: dá pra comemorar? Dá!

Pode comemorar falando baixinho, gritando, gemendo e até sem palavras: 31 de julho é o Dia Mundial do Orgasmo, e é mais do que justo que todas nós aproveitemos muito bem essa data. Porque é isso que importa, né? Bom, deveria: afinal de contas, a verdade é que ‘chegar lá’ ainda parece bem difícil para pessoas de todas as fases e histórias.

Segundo pesquisa conduzida pela empresa de monitoramento Hibou, por exemplo, aproximadamente 80% das mulheres já fingiram ter um orgasmo.

Precisamos falar sobre este assunto e mudar esse cenário!

Por isso, hoje, o EntreElas celebra o orgasmo e traz algumas dicas sobre como atingir o máximo prazer sexual. Vamos lá?

Mas antes… o que é orgasmo, afinal?

Orgasmo é o auge da excitação sexual, experiência psicofísica rápida que dura entre 5 e 15 segundos, ao permitir a descarga das tensões em um instante de relaxamento. Em outras palavras, é aquele momento em que a excitação sexual chega no máximo e você atinge o prazer.

Como o orgasmo impacta a saúde da mulher?

Existem inúmeras pesquisas que indicam que a liberação do prazer, com substâncias como ocitocina, serotonina e dopamina, substâncias essenciais para garantir nossa disposição, produtividade e bom humor. Ou seja, não se trata de ver o passarinho verde, viu? É ciência.

Além disso, o orgasmo é uma etapa fundamental para garantir a saúde física e mental das mulheres, ajudando no relaxamento e na sensação de bem-estar, com a oxigenação do organismo – não apenas da parte genital, inclusive. Isso ajuda na circulação sanguínea, respiração, força muscular e muito mais.

Por que é tão difícil atingir a excitação plena?

Exceto condições bem específicas, toda mulher é capaz de atingir o orgasmo. Temos, inclusive, um órgão todo voltado a isso: o clitóris, principal ponto do prazer feminino. Frequentemente associado ao Ponto G, o clitóris fica na porção de cima da vulva e é composto da glande, na parte visível, e dois pedúnculos internos, que ficam eretos (como o pênis) quando há excitação.

Agora que já falamos sobre o clitóris, é hora de avisar que a vagina não é, necessariamente, uma área de prazer para a mulher. Isso explica por que o estudo indicado acima mostrou também que cerca de 40% das brasileiras sentem dificuldades de chegar ao ápice do prazer sexual durante a penetração. Só o ato em si, não basta: é preciso também estimular a região mais sensível.

Além disso, é sempre bom destacar que:

– Estresse e cansaço podem afetar a libido como um todo;

– Muitas mulheres ainda veem o sexo com os parceiros como a única fonte de prazer;

– Alimentação ruim e a falta de exercícios físicos dificultam a performance do corpo durante as relações;

– Às vezes, falta tempo. Fora a TPM e a menstruação.

Tem 20 minutinhos pra dar?

Todo mundo já ouviu histórias de que, na Hora H, o sexo acaba antes de a mulher atingir o orgasmo. Faz sentido, porque mulheres e homens têm tempos diferentes para atingirem o prazer, sabia?

Embora estudos do The Journal Sexual Medicine, que ouviu pessoas de 20 países, o tempo médio para que a mulher atinja o orgasmo é de 13 minutos e meio, podendo variar de pouco menos de 10 minutos a até 21 minutos. Já os homens levam até 7 minutos, apenas.

Evidentemente, esse tempo depende de uma série de condições pessoais. Para resolver essa diferença de relógio entre homens e mulheres, porém, é preciso encontrar formas de ampliar a estimulação sexual feminina – o que pode ser feito aumentando as preliminares, com toques, massagens e até uma boa conversinha (vai do seu gosto).

O objetivo precisa elevar a temperatura no ponto certo. Quem sabe, assim, todo mundo não chega lá ao mesmo tempo?

Se toca, que pode rolar

Segundo especialistas, outra dica importante para facilitar o orgasmo é buscar o autoconhecimento. Descobrir o próprio corpo é fundamental em busca das melhores formas de se excitar e melhorar o prazer. Isso inclui conhecer áreas do corpo mais suscetíveis ao prazer, o que eleva seu tesão etc.

Nesse mesmo ponto, claro, é fundamental falar que a masturbação é uma alternativa saudável para o prazer feminino, indicada pela medicina. Hoje, estima-se que pouco mais de 70% das mulheres brasileiras se masturbam – o que significa que quase um terço das pessoas com útero não se deram “essa chance”. Entre aquelas que não aderiram à prática, até aqui, a maior parte ainda vê o ato de se masturbar como algo errado. Será?

Sem medo de chegar lá

Investir na masturbação ou no uso de brinquedinhos sexuais são caminhos plenamente saudáveis, quando não colocam a própria integridade em risco. O mais importante, de acordo com especialistas em psicologia e sexualidade, é encontrar formas de dar vazão aos desejos e atingir o bem-estar sexual.

Por isso, se você tem dúvidas, medos ou dificuldade para expor seus desejos, procure sempre sua rede de apoio (com amigos ou parceiros, por exemplo) e médicos especialistas de sua confiança. Ter essa conversa pode ajudá-la a resolver seus dilemas e simplificar sua vida sexual (e no geral).

E lembre-se: aqui no EntreElas, sua voz vai sempre encontrar espaço de fala e representatividade. Tire suas dúvidas com nossos especialistas ou compartilhe suas histórias. Juntas podemos chegar lá com muito mais orgasmos e vida para celebrar!